A História Oculta de Hitler
Contradizendo a tudo o que tradicionalmente aprendemos na escola sobre
Hitler, descobrimos uma outra face deste personagem histórico, que retinha
consigo profundos conhecimentos ocultistas os quais poucos homens ocidentais
vieram conhecer naquela época.
A Cruz Suástica
é o símbolo que traz sempre más lembranças, pois ficou marcada pelas atrocidades do nazizmo.
No entanto a cruz Suástica é um símbolo (yantra) conhecido a mais de 5.000 anos e é considerada sagrada, representando equilíbrio, expansão e evolução do universo e de grande magnetismo, conhecida como Lot'chu, constando no I ching.
Ganesha, o Deus indiano mais cultuado, filho de Shiva e Shakti, o que afasta os empecilhos, protetor dos negociantes, tem a suástica desenhada na palma de sua mão (Abaya Mudra). Shiva também usa este yantra; assim como, em vários templos na Índia o vemos desenhado na porta de entrada
Este símbolo usado no sentido anti-horário tem os resultados de destruição, dissolução.
No entanto a cruz Suástica é um símbolo (yantra) conhecido a mais de 5.000 anos e é considerada sagrada, representando equilíbrio, expansão e evolução do universo e de grande magnetismo, conhecida como Lot'chu, constando no I ching.
Ganesha, o Deus indiano mais cultuado, filho de Shiva e Shakti, o que afasta os empecilhos, protetor dos negociantes, tem a suástica desenhada na palma de sua mão (Abaya Mudra). Shiva também usa este yantra; assim como, em vários templos na Índia o vemos desenhado na porta de entrada
Este símbolo usado no sentido anti-horário tem os resultados de destruição, dissolução.
Hitler era interessado em magia e mantinha a seu serviço
ocultistas que orientavam Hitler ao uso da suástica no sentido da destruição
e do grande poder magnético pessoal.
É de se crer que seu poder influente sobre as massas do povo alemão fosse algo
incomum. Hitler era um homem que agia sabendo muito bem o que fazia, e não era
um mero louco e insano, sem objetivos concretos.
Hitler possuía 25% de sangue judeu em suas veias. Nasceu num povoado austríaco,
centro de médiuns e videntes, com um ambiente psicamente carregado que
influenciou sua visão da realidade. Dois famosos médiuns, os irmãos
Schneider, nasceram no mesmo povoado e um deles teve a mesma ama de leite que
Hitler.
Quando pequeno estudou na abadia de Lambach, onde sonhava ser sacerdote. Foi
neste local que teve seu primeiro contato com o símbolo da suástica, que teria
sido trazida pelo abade Teodorich Hagen, que ordenou que fosse esculpida em
paredes, mesas e objetos de culto de toda a abadia. Hagen, viajou pelo oriente e
era profundo conhecedor de magia e ocultismo.
Nesta mesma época, a abadia recebeu a visita de um padre, Adolf Joseph Lanz,
cujo físico correspondia exatamente ao protótipo da raça ariana. O padre Lanz
se trancou várias vezes na biblioteca do monastério onde estudou mais de 30
anos de pesquisas feitas pelo abade Hagen. Segundo Lanz, que posteriormente veio
a fundar a Ordem do Novo Templo e editar o Jornal Ostara em Viena, os únicos
seres realmente humanos são os arianos louros de olhos azuis, o resto não
passa de “macacos”, os símios de Sodoma, evocados na Bíblia, os demônios
saídos de Gog e Magog, raças de cabelos escuros opostas aos arianos. Lanz
afirma também que os arianos são a obra prima de Deus, dotados de poderes
paranormais emanados por “centros de energia - chakras” e “órgão elétricos
- kundalini”, que lhes conferem supremacia sobre qualquer outra criatura.
A
raça ariana era tida como a mais perfeita pelos Nazistas.
O Fürer era um vegetariano convicto, não bebia, nem fumava, e esta atitude sua
foi influenciada pela doutrina cátara de pureza, a exemplo da vida de Átila, o
huno. Durante sua fase de pintor em Viena, Hitler se dedicava ao estudo do
ocultismo e da magia e foi um assíduo leitor do Jornal Ostara publicado por
Lanz.
É importante informar quanto ao caráter vegetariano de Hitler, há controvérsias,
"Hitler não era vegetariano. Seu doutor às vezes prescrevia a dieta vegetariana
para melhorar sua saúde. Goebbles, o Ministro da Propaganda, tomou esse fato e
distorceu-o para criar nas pessoas a idéia de que o Furer era um homem santo
como o contemporâneo vegetariano Mahatma Gandhi. Hitler trapaceava quanto às
ordens de seus médicos e fingia ser um vegetariano, comendo macarrão recheado
com carne picante e coberto com molho de tomate."
(texto completo em
http://www.vegetarianismo.com.br/hitler.html )
Em 1912 era fundada a Sociedade de Thule à qual Hitler veio ter conhecimento,
mas que nunca fez parte, adquirindo porém conhecimentos desta ordem a partir de
seu secretário e lugar-tenente Rudolf Hess. Criada pelo barão Rudolf von
Sebottendorf, que em viagem à Turquia entrou em contato com iniciados drusos
que afirmavam receber seus ensinamentos espirituais do “Senhor do Mundo” o
senhor de Thule ou Shambala - o governo oculto do mundo, reino dos hiperbóreos.
Daí o nome Thule. Para Von Sebottendorf, a raça dos hiperbóreos (ariana)
possuía um poder oculto: “quem o controlá-lo poderia dominar o mundo” -
este poder seria o vril.
Hitler também teve contado com a ordem do Vril, ligada à Thule. Esta ordem é
um grupo esotérico que continua vivo ainda hoje na Índia, seu país de origem,
onde conta com mais de dois milhões de adeptos.
A palavra vril significa uma reserva formidável de energia presente no homem e
da qual ele utiliza apenas uma ínfima parte. Dentro dos conhecimentos iogues,
vril e kundalini siginifcam a mesma coisa: o fogo serpentino - o 3o Logos.
Os adoradores do vril veneram o Sol levantando suas mãos em sua direção numa
saudação semelhante à feita pelos nazistas e pelos antigos egípcios no culto
a Rá, o Deus Sol. Os templos deste culto estão decorados com grande variedade
de cruzes gamadas, aliás, na Índia a cruz gamada é tida como um símbolo de
poder, porém ela é escrita em sentido horário, onde representa a evolução e
nos quadrados mágicos da numerologia judaica tem o valor 360 representando o
fogo - a espiritualidade e o Logos. Os nazistas inverteram a posição da suástica,
que veio representar o elemento terra - Malchut na Cabala, tendo assim o valor
666 - o número da Besta.
Mas em meio a tudo isto existia algo mais: haviam seitas tibetanas e sua magia.
A Thule e seus seguidores foram profundamente influenciados pela magia negra
tibetana e tiveram mesmo contato com os bompos tibetanos de barrete negro na
Alemanha. Estes teriam sido invocados para agir politicamente na Europa através
de sua magia tântrica.
Mais uma coisa interessante sobre a personalidade de Hitler, era que ele tinha a
astrologia e a geomancia em alta conta, e as consultava antes de seus ataques.
Aliás, todos os ataques foram feitos seguindo as linhas de força geomânticas
e telúricas da Europa. A consulta ao pêndulo e à rabdomancia para saber a
posição dos barcos aliados era algo costumeiro, feito muitas vezes por Himmler,
uma brilhante mente do nazismo de Hitler. Acredita-se que Hitler tivesse algum
tipo de pacto demoníaco, onde oferecia os judeus queimados nos fornos para
adquirir mais poder para rodar a suástica invertida sobre toda a Europa e assim
conquistar o mundo. E o teria feito se não tivesse vacilado em seu último
combate.
Hitler veio falecer em abril de 1945, e sua morte ainda é uma incógnita,
não
se sabe se ele fugiu, suicidou-se ou se foi assassinado. A morte de
Hitler é
cercada de profundo mistério, mas recente exposição organizada em
Moscou, as autoridades russas expuseram uma parte superior do que se
supõe ser o crânio de Adolf Hitler, ditador da Alemanha entre 1933 e
1945, que se suicidou no dia 30 de abril de 1945. Leia sobre os últimos
dias que antecederam a sua morte.
"Se não chegarmos a triunfar não nos restaria senão, ao soçobrarmos, arrastar conosco metade do mundo neste desastre". - Hitler a H.Rauschning, "Gesprache".
O ambiente no bunker era tenso, sufocante. Faziam mais de cem dias, entre entradas e saídas, que um pequeno grupo de funcionários, oficiais e oligarcas nazistas, estavam lá entocados como lobos acuados ao redor de Adolf Hitler. Construída nos jardins da Chancelaria do Reich, em Berlim, a casamata tinha a função de protegê-los dos ataques aéreos aliados que devastavam a capital da Alemanha. Acentuando ainda mais a situação troglodita e claustofóbica em que viviam, chegou-lhes a notícia que o Exército Vermelho estava às portas. No dia 18 de abril de 1945, um colossal vagalhão blindado de tanques, canhões e aviões, esparramou dois milhões e meios de soldados russos para as cercanias da cidade. Mais de um milhão deles combateram uma espetacular batalha de ruas, contra as derradeiras forças da resistência alemã. Ao preço de 300 mil baixas, os soviéticos penetraram-na por todos os lados.
A última aparição de Hitler
Hitler ainda recebeu alguns convidados mais próximos para seu aniversário em 20 de abril. Há uma foto dele na ocasião. Com a gola do capote levantada, ele cumprimenta, do lado de fora da Chancelaria do Reich destruída, alguns jovens garotos da juventude nazista que haviam se destacado na defesa desesperada da cidade. O Führer estava uma ruína humana. Os últimos acontecimentos haviam-lhe retirado a seiva. Sua tez acinzentou-se, o rosto encovou-se e os olhos adquiriram uma opacidade de semimorto. Para consolá-lo e sacudi-lo da letargia depressiva em que se encontrava, Joseph Gobbels, seu Ministro da Propaganda, lia-lhe diariamente trechos da "História de Frederico o Grande", de Carlyle, especialmente a passagem onde é narrada a milagrosa salvação daquele capitão-de-guerra prussiano na Guerra dos Sete Anos (1756-63), que escapou do destino dos derrotados devido a um desacerto ocorrido entre seus inimigos.
A determinação de ficar ali e travar a batalha final foi tomada numa reunião no dia 22. Inspirando-se na tradição nórdica do herói que morre solitariamente num último combate, ou no sepultamento do guerreiro viquingue incinerado no seu barco de comando, Hitler comunicou a todos a intenção de comandar pessoalmente as operações. Recebeu, porém, telefonemas de alguns seguidores e de outros generais que instaram para que se retirasse enquanto havia tempo. O Führer manteve-se intransigente. Ninguém o arrastaria para fora da liça.
O atentado de 20 de julho e o desencanto
Uma das razões, mais remotas, da aparência cinzenta e desencantada de Hitler, resultou do choque que ele teve, nove meses antes, do atentado cometido contra a sua vida. Naquela ocasião, no dia 20 de julho de 1944, um grupo de conspiradores, quase todos altos membros da hierarquia militar e integrantes da nobreza alemã, conseguiram fazer com que o coronel do estado maior Claus Schenk von Stauffenberg, colocasse uma bomba no quartel-general do Alto Comando. O artefato explodiu na sala de reuniões onde Hitler estava presente, mas apenas provocou pequenas escoriações nele. Refeito do susto, o ditador ordenou uma caçada em massa contra todos os envolvidos, que terminaram executados depois de serem sumariamente condenados à morte num Tribunal Popular. O outro motivo que levou Hitler a desejar suicidar-se, e em seguida ser incinerado, decorreu da notícia que ele recebeu do destino infausto do ditador fascista Benito Mussolini. O Duce fora capturado em Dongo, no norte da Itália, por partisans comunistas, e seu corpo foi exposto, pendurado de cabeça para baixo num posto de gasolina em Milão, junto ao da sua amante Claretta Petacci, em 28 de abril de 1945. Hitler temia que seu cadáver fosse profanado ou levado como troféu de guerra para a URSS.
O casamento e uma traição
Hitler e Eva Braun
Poucos dias depois de ter tomado a decisão definitiva, resolveu formalizar sua união com Eva Braun, encomendando um casamento de emergência dentro do abrigo. O casal decidira por fim à vida juntos. Hitler tinha-se mantido solteiro, até então, em nome da mística que sua solitária figura messiânica exercia sobre o povo alemão. O salvador não poderia ser um homem comum, com esposa e filhos, envolvido pela contabilidade doméstica, e na rotina matrimonial burguesa.
Teve ainda um espumante ataque de fúria quando soube (ele, mesmo nos estertores, ainda era informado de tudo), que Heinrich Himmler, o Reichsführer SS, havia, às suas costas, à socapa, contatado com o legatário sueco, o conde Bernadotte, para negociar uma paz em separado com os exércitos ocidentais, que avançavam Alemanha a dentro vindos do Rio Reno. Numa das suas derradeiras ordens, determinou a expulsão sumaria dele do Partido Nazista, exonerando-o de todos os cargos de chefia. Mas aquela altura de nada adiantava.
O momento final
No dia 29 de abril, deu-se a reunião final. O General Weidling, governador militar de Berlim, e comandante da LVI Panzer Corps, ainda aventou a possibilidade de uma escapada pelas linhas soviéticas, mas Hitler o dissuadiu. Não tinham nem tropas, nem equipamento, nem munições, para qualquer tipo de operação. Era ficar e morrer!
O Führer então despediu-se formalmente das pessoas mais próximas que ainda o seguiam até aquele momento. Pressentindo o suicídio, os que estavam no bunker reagiram de uma maneira inesperada. Muitos, após colocarem discos na vitrola, puseram-se a dançar e alegremente, confraternizaram com os demais, como se um esmagador peso, repentinamente, tivesse sido removido de cima deles. O fascínio de feiticeiro que Hitler exercera sobre eles cessara como que por encanto.
Depois do almoço, no dia 30 de abril, trancou-se com Eva Braun nos seus aposentos. Ouviu-se apenas um tiro. Quando lá penetraram encontraram-no com a cabeça estraçalhada à bala e com a pistola caída no colo. Em frente a ele, em languidez de morta, estava Eva Braun, sem nenhum ferimento visível. Ela ingerira cianureto, um poderosíssimo veneno. Eram 15:30 horas! Rapidamente os dois corpos, envolvidos num encerado, foram removidos para o pátio e, com o auxilio de 180 litros de gasolina que os embeberam, formaram, incendiados, uma vigorosa pira. Ao redor deles, uma silenciosa saudação fascista prestou-lhes a homenagem derradeira.
Berlim, o mausoléu de Hitler
Lá fora, a capital do IIIº Reich também ardia num colossal braseiro. Monumentos, prédios públicos, palácios, edifícios, casas, praças e avenidas, pareciam um entulho só. Os sobreviventes, apavorados com o terrível rugido dos canhões e das bombas, que lhes soavam como se fosse o acorde final do "Gotterdammerung", o wagneriano "Crepúsculo dos Deuses", acreditavam que a hora do apocalipse chegara. Berlim, com 250 mil prédios destruídos, virara um cemitério lunar. A grande cidade, transformada em ruínas, assemelhava-se a um fantástico mausoléu erguido pela barragem de fogo aliada para sepultar uma das monstruosidades do século. Hitler suicidara-se aos 56 anos, e o seu regime, que segundo seus propagandistas mais pretensiosos deveria ser o Reich de Mil Anos, naufragou com ele doze anos depois dele ter assumido a Chancelaria da república alemã, em janeiro de 1933.
"Se não chegarmos a triunfar não nos restaria senão, ao soçobrarmos, arrastar conosco metade do mundo neste desastre". - Hitler a H.Rauschning, "Gesprache".
O ambiente no bunker era tenso, sufocante. Faziam mais de cem dias, entre entradas e saídas, que um pequeno grupo de funcionários, oficiais e oligarcas nazistas, estavam lá entocados como lobos acuados ao redor de Adolf Hitler. Construída nos jardins da Chancelaria do Reich, em Berlim, a casamata tinha a função de protegê-los dos ataques aéreos aliados que devastavam a capital da Alemanha. Acentuando ainda mais a situação troglodita e claustofóbica em que viviam, chegou-lhes a notícia que o Exército Vermelho estava às portas. No dia 18 de abril de 1945, um colossal vagalhão blindado de tanques, canhões e aviões, esparramou dois milhões e meios de soldados russos para as cercanias da cidade. Mais de um milhão deles combateram uma espetacular batalha de ruas, contra as derradeiras forças da resistência alemã. Ao preço de 300 mil baixas, os soviéticos penetraram-na por todos os lados.
A última aparição de Hitler
Hitler ainda recebeu alguns convidados mais próximos para seu aniversário em 20 de abril. Há uma foto dele na ocasião. Com a gola do capote levantada, ele cumprimenta, do lado de fora da Chancelaria do Reich destruída, alguns jovens garotos da juventude nazista que haviam se destacado na defesa desesperada da cidade. O Führer estava uma ruína humana. Os últimos acontecimentos haviam-lhe retirado a seiva. Sua tez acinzentou-se, o rosto encovou-se e os olhos adquiriram uma opacidade de semimorto. Para consolá-lo e sacudi-lo da letargia depressiva em que se encontrava, Joseph Gobbels, seu Ministro da Propaganda, lia-lhe diariamente trechos da "História de Frederico o Grande", de Carlyle, especialmente a passagem onde é narrada a milagrosa salvação daquele capitão-de-guerra prussiano na Guerra dos Sete Anos (1756-63), que escapou do destino dos derrotados devido a um desacerto ocorrido entre seus inimigos.
A determinação de ficar ali e travar a batalha final foi tomada numa reunião no dia 22. Inspirando-se na tradição nórdica do herói que morre solitariamente num último combate, ou no sepultamento do guerreiro viquingue incinerado no seu barco de comando, Hitler comunicou a todos a intenção de comandar pessoalmente as operações. Recebeu, porém, telefonemas de alguns seguidores e de outros generais que instaram para que se retirasse enquanto havia tempo. O Führer manteve-se intransigente. Ninguém o arrastaria para fora da liça.
O atentado de 20 de julho e o desencanto
Uma das razões, mais remotas, da aparência cinzenta e desencantada de Hitler, resultou do choque que ele teve, nove meses antes, do atentado cometido contra a sua vida. Naquela ocasião, no dia 20 de julho de 1944, um grupo de conspiradores, quase todos altos membros da hierarquia militar e integrantes da nobreza alemã, conseguiram fazer com que o coronel do estado maior Claus Schenk von Stauffenberg, colocasse uma bomba no quartel-general do Alto Comando. O artefato explodiu na sala de reuniões onde Hitler estava presente, mas apenas provocou pequenas escoriações nele. Refeito do susto, o ditador ordenou uma caçada em massa contra todos os envolvidos, que terminaram executados depois de serem sumariamente condenados à morte num Tribunal Popular. O outro motivo que levou Hitler a desejar suicidar-se, e em seguida ser incinerado, decorreu da notícia que ele recebeu do destino infausto do ditador fascista Benito Mussolini. O Duce fora capturado em Dongo, no norte da Itália, por partisans comunistas, e seu corpo foi exposto, pendurado de cabeça para baixo num posto de gasolina em Milão, junto ao da sua amante Claretta Petacci, em 28 de abril de 1945. Hitler temia que seu cadáver fosse profanado ou levado como troféu de guerra para a URSS.
O casamento e uma traição
Hitler e Eva Braun
Poucos dias depois de ter tomado a decisão definitiva, resolveu formalizar sua união com Eva Braun, encomendando um casamento de emergência dentro do abrigo. O casal decidira por fim à vida juntos. Hitler tinha-se mantido solteiro, até então, em nome da mística que sua solitária figura messiânica exercia sobre o povo alemão. O salvador não poderia ser um homem comum, com esposa e filhos, envolvido pela contabilidade doméstica, e na rotina matrimonial burguesa.
Teve ainda um espumante ataque de fúria quando soube (ele, mesmo nos estertores, ainda era informado de tudo), que Heinrich Himmler, o Reichsführer SS, havia, às suas costas, à socapa, contatado com o legatário sueco, o conde Bernadotte, para negociar uma paz em separado com os exércitos ocidentais, que avançavam Alemanha a dentro vindos do Rio Reno. Numa das suas derradeiras ordens, determinou a expulsão sumaria dele do Partido Nazista, exonerando-o de todos os cargos de chefia. Mas aquela altura de nada adiantava.
O momento final
No dia 29 de abril, deu-se a reunião final. O General Weidling, governador militar de Berlim, e comandante da LVI Panzer Corps, ainda aventou a possibilidade de uma escapada pelas linhas soviéticas, mas Hitler o dissuadiu. Não tinham nem tropas, nem equipamento, nem munições, para qualquer tipo de operação. Era ficar e morrer!
O Führer então despediu-se formalmente das pessoas mais próximas que ainda o seguiam até aquele momento. Pressentindo o suicídio, os que estavam no bunker reagiram de uma maneira inesperada. Muitos, após colocarem discos na vitrola, puseram-se a dançar e alegremente, confraternizaram com os demais, como se um esmagador peso, repentinamente, tivesse sido removido de cima deles. O fascínio de feiticeiro que Hitler exercera sobre eles cessara como que por encanto.
Depois do almoço, no dia 30 de abril, trancou-se com Eva Braun nos seus aposentos. Ouviu-se apenas um tiro. Quando lá penetraram encontraram-no com a cabeça estraçalhada à bala e com a pistola caída no colo. Em frente a ele, em languidez de morta, estava Eva Braun, sem nenhum ferimento visível. Ela ingerira cianureto, um poderosíssimo veneno. Eram 15:30 horas! Rapidamente os dois corpos, envolvidos num encerado, foram removidos para o pátio e, com o auxilio de 180 litros de gasolina que os embeberam, formaram, incendiados, uma vigorosa pira. Ao redor deles, uma silenciosa saudação fascista prestou-lhes a homenagem derradeira.
Berlim, o mausoléu de Hitler
Lá fora, a capital do IIIº Reich também ardia num colossal braseiro. Monumentos, prédios públicos, palácios, edifícios, casas, praças e avenidas, pareciam um entulho só. Os sobreviventes, apavorados com o terrível rugido dos canhões e das bombas, que lhes soavam como se fosse o acorde final do "Gotterdammerung", o wagneriano "Crepúsculo dos Deuses", acreditavam que a hora do apocalipse chegara. Berlim, com 250 mil prédios destruídos, virara um cemitério lunar. A grande cidade, transformada em ruínas, assemelhava-se a um fantástico mausoléu erguido pela barragem de fogo aliada para sepultar uma das monstruosidades do século. Hitler suicidara-se aos 56 anos, e o seu regime, que segundo seus propagandistas mais pretensiosos deveria ser o Reich de Mil Anos, naufragou com ele doze anos depois dele ter assumido a Chancelaria da república alemã, em janeiro de 1933.
O
médium do Anticristo
Texto,
na íntegra, de Hermínio C. Miranda publicado no Reformador de Março de 1976.
Um
jovem de cerca de 20 anos vagava pelo Museu Hofburg, em Viena, como de costume.
estava deprimido como nunca. O dia fora muito frio, pois o vento trouxera o
primeiro anúncio do outono que se aproximava.
Ele
temia novo ataque de bronquite que se aproximava. Ele temia novo ataque no seu
miserável quartinho numa pensão barata. Estava pálido, magro e de aparência
doentia. Sem dúvida alguma, era um fracasso.
Fora
recusado pela Escola de Belas – Artes e pela Arquitetura. As perspectivas eram
as piores possíveis. Caminhando pelo museu, entrou na sala que guardava as
jóias da coroa dos Hapsburg, gente de uma raça que não considerava de boa
linhagem germânica. Mergulhado em pensamentos pessimistas, nem sequer notou que
um grupo de turistas, orientado por um guia, passou por ele e parou diante de um
pequeno objeto ali em exibição. -"Aqueles estrangeiros – escreveria o
jovem mais tarde – pararam quase em frente ao lugar onde eu me encontrava,
enquanto seu guia apontava para uma antiga ponta de lança.
A
princípio, nem me dei ao trabalho de ouvir o que dizia o perito; limitava-se a
encarar a presença daquela gente como intromissão na intimidade de meus
desesperados pensamentos. E, então, ouvi as palavras que mudariam o rumo da
minha vida: "Há uma lenda ligada a esta lança que diz que quem a possuir
e decifrar os seus segredos terá o destino do mundo em suas mãos, para o bem
ou para o mal." Como se tivesse recebido um choque de alertamento, ele
agora bebia as palavras do erudito guia do museu, que posseguia explicando que
aquela fora a lança que o centurião romano introduzira ao lado do tórax de
Jesus (João 19:34) para ver se o crucificado já estava "morto".
Tinha uma longa e fascinante história aquele rústico pedaço de ferro.
O
jovem mergulharia nela a fundo nos próximos anos. Chamava-se ele Adolf Hitler.
Voltou muitas vezes mais ao Museu Hofburg e pesquisou todos os livros e
documentos que conseguiu encontrar sobre o assunto. Envolveu-se em mistérios
profundos e aterradores, teve revelações que o atordoaram, incendiaram sua
imaginação e desataram seus sonhos mais fantásticos. Sabemos hoje, em face da
prática e da literatura espírita, que os Espíritos, encarnados e
desencarnados, vivem em grupos, dedicados a causas nobres ou sórdidas, segundo
seus interesses pessoais.
A
inteligência e o conhecimento, como todas as aptidões humanas, são neutros em
si mesmos, ou seja, tanto podem ser utilizados na prática do bem como na
disseminação do mal. Dessa maneira, tanto os bons espíritos, como aqueles que
ainda se demoram pelas trevas, elaboram objetivos de longo alcance visando aos
interesses finais do bem ou do mal. Em tais condições, encarnados e
desencarnados se revezam, neste plano e no outro, e se apoiam mutuamente,
mantendo constantes entendimentos especialmente pela calada da noite, quando uma
parte considerável da humanidade encarnada, desprendida pelo sono, procura seus
companheiros espirituais para debater planos, traçar estratégias, realizar
tarefas, ajustar situações.
Há,
pois, toda uma logística de apoio aos Espíritos que se reencarnam com tarefas
específicas, segundo os planos traçados.
Estudando,
hoje, a história secreta do nazismo, não nos resta dúvida de que Adolf Hitler
e vários dos seus principais companheiros desempenharam importante papel na
estratégia geral de implantação do reino das trevas na Terra, num trabalho
gigantesco que, obviamente, tem a marca inconfundível do Anticristo. Para isso,
eclodem fenômeno mediúnicos, surgem revelações, encontram-se as pessoas que
deveriam encontrar-se, acontecem "acasos" e "coincidências"
estranhas, juntam-se, enfim, todos os ingredientes necessários ao desdobramento
do trabalho.
August
Kubizek descreve uma cena dramática em que Hitler, com apenas 15 anos de idade,
apresenta-se claramente incorporado ou inspirado por alguma entidade
desencarnada. De pé diante de seu jovem amigo, agarrou-lhe as mãos emocionado,
de olhos esbugalhados e fulminantes, enquanto de sua boca fluía
desordenadamente uma enxurrada de palavras excitadas. Kubizek, artudido,
escreve, em seu livro:
-
Era como se outro ser falasse de seu corpo e o comovia tanto quanto a mim. Não
era, de forma alguma, o caso de uma pessoa que fala entusiasmada pelo que diz.
Ao contrário, eu sentia que ele próprio como que ouvia atônito e emocionado o
que jorrava com uma força primitiva... Como enxurrada rompendo diques, suas
palavras irrompiam dele. Ele invocava, em grandiosos e inspirados quadros, o seu
próprio futuro e o de seu povo. Falava sobre um Mandato que, um dia, receberia
do povo para liderá-lo da servidão aos píncaros da liberdade- missão
especial que em futuro seria confiada a ele.
Ao
que parece, foi o primeiro sinal documentado da missão de Hitler e o primeiro
indício veemente de que ele seria o médium de poderosa equipe espiritual
trevosa empenhada em implantar na Terra uma nova ordem. Garantia-se a Hitler o
poder que ambicionava, em troca da fiel utilização da sua instrumentação
mediúnica. O pacto com as trevas fora selado nas trevas. É engano pensar que
essas falanges espirituais ignoravam as leis divinas. Conhecem-nas muito bem e
sabem da responsabilidade que arrostam e, talvez, até por isso mesmo, articulam
seus planos tenebrosos e audaciosos, porque, se ganhassem, teriam a impunidade
com que sonham milenarmente para acobertar crimes espantosos. Eles conhecem,
como poucos, os mecanismos da Lei e sabem manipular com perícia aterradora os
recursos espirituais de que dispõem.
Vejamos
outro exemplo: o relato da Segunda visita de Hitler à lança, narrada pelo
próprio.
Novamente
a sensação estranha de perplexidade. Sente ele que algo poderoso emana daquela
peça, mas não consegue identificar o de que se trata. De pé, diante da
lança, ali ficou por longo tempo a contemplá-la:
·
Estudava minuciosamente cada pormenor físico da forma, da cor e da substância,
tentando, porém permanecer aberto à sua mensagem. Pouco a pouco me tornei
consciente de uma poderosa presença em torno dela – a mesma presença
assombrosa que experimentara intimamente naquelas raras ocasiões de minha vida
em que senti que um grande destino esperava por mim.
·
Começava agora a compreender o significado da lança – escreve Ravenscroft
– e a origem de sua lenda, pois sentia, intuitivamente, que ela era o veículo
de uma revelação - "uma ponte entre o mundo dos sentidos e o mundo do
espírito".
As
palavras entre aspas são dos próprio Hitler, que prossegue:
·
Uma janela sobre o futuro abriu-se diante de mim, e através dela vi, num único
"flash", um acontecimento futuro que me permitiu saber, sem sombra de
dúvida, que o sangue que corria em minhas veias seria, um dia, o veículo do
espírito de meu povo.
Ravenscroft
especula sobre a revelação. Teria sido, talvez, a antevisão da cena
espetaculosa do próprio Hitler a falar, anos mais tarde, ali mesmo em frente ao
Hofburg, à massa nazista aglomerada, após a trágica invasão da Áustria, em
1938, quando ele disse em discurso:
·
A Providência me incumbiu da missão de reunir os povos germânicos...com a
missão de devolver minha pátria 1 ao Reich alemão. Acreditei nessa missão.
Vivi por ela e creio que cumpri.
Tudo
começara com o impacto da visão da lança no museu. Já naquele mesmo dia, em
que o guia dos turistas chamou sua atenção para a antiqüíssima peça, ele
experimentou estranhas sensações diante dela. Que fascínio poderia ter sobre
seu Espírito - espetacular ele próprio – aquele símbolo cristão ? Qual a
razão daquele impacto? Quanto mais a contemplava, mais forte e, ao mesmo tempo,
mais fugidia e fantástica se tornava a sua impressão.
·
Senti como se eu próprio a tivesse detido em minhas mãos anteriormente, em
algum remoto século da História – como se eu a tivesse possuído, como meu
talismã de poder e mantido o destino do mundo em minhas mãos. No entanto, como
poderia isto ser possível? Que espécie de loucura era aquele tumulto no meu
íntimo?
Qual
é, porém, a história conhecida da lança? Para
saber mais
É
o que tentaremos resumir em seguida.
Hitler
dedicou-se daí em diante ao estudo de tudo quanto pudesse estar relacionado com
o seu fascinante problema. Cedo foi dar em núcleos do saber oculto. Um dos seus
biógrafos, Alan Bullock (Hitler: A Study in Tiranny), sem ter alcançado as
motivações do futuro líder nazista, diz que ele foi um inconseqüente, o que
se poderia provar pelas suas leituras habituais, pois seus assuntos prediletos
eram a história de Roma antiga, as religiões orientais, ioga, ocultismo,
hipnotismo, astrologia... Parece legítimo admitir que tenha lido também obras
de pesquisa espíritas, porque os autores não especializados insistem em grupar
espiritismo, magia, mediunismo e adivinhação, e muito mais sob o rótulo comum
de ocultismo.
Sim,
Hitler estudou tudo isso profundamente e não se limitou à teoria; passou à
prática. Convencido da sua missão transcendental, quis logo informar-se sobre
os instrumentos e recursos que lhe seriam facultados para levá-lo a cabo. O
primeiro impacto da idéia da reencarnação em seu espírito o deixou algo
atônito, como vimos, na sua primeira crise espiritual diante da lança, no
museu de Hofburg; logo, no entanto, se tornou convicto dessa realidade e tratou
a sério de identificar algumas de suas vidas anteriores. Esses estudos
levaram-no ao cuidadoso exame da famosa legenda do Santo Graal, de que Richard
Wagner, um dos seus grandes ídolos, se serviu para o enredo da ópera Parsifal.
Hitler
foi encontrar nos escritos de um poeta do século XIII, por nome Wolfram von
Eschenbach, a fascinante narrativa da lenda, cheia de conotações místicas e
simbolismos curiosos, que captaram a sua imaginação, porque ali a história e
a profecia estavam como que mal disfarçadas atrás do véu diáfano da
fantasia.
Mas,
Hitler tinha pressa, e, para chegar logo ao conhecimento dos mistérios que o
seduziam, não hesitou em experimentar com o peiote, substância alucinógena
extraída do cogumelo mexicano, hoje conhecida como mescalina. Sob a direção
de um estranho indivíduo, por nome Ernst Pretzsche, o jovem Adolf mergulhou em
visões fantásticas que, mais tarde, identificaria como sendo cenas de uma
existência anterior que teria vivido como Landulf de Cápua, que serviu de
modelo ao Klingsor na ópera de Wagner.
Esse
Landulf foi um príncipe medieval (século nono) que Revenscroft declara ter
sido "the most evil figure of the century" – a figura mais infame do
século. Sua influência tornou-se considerável na política de sua época e,
segundo Ravenscroft, "ele foi a figura central em todo o mal que se
praticou então".
O
Imperador Luiz II conferiu-lhe posto que o situava como a terceira pessoa no seu
reino, e concedeu-lhe honrarias e poderes de toda a sorte. Landulf teria passado
muitos anos no Egito, onde estudou magia negra e astrologia. Aliou-se
secretamente aos árabes que, apesar de dominarem a Sicília, respeitaram seu
castelo, em Carlata Belota, na Calábria. Nesse local sinistro, onde se situara
no passado um templo dedicado aos mistérios, Landulf exercia livremente suas
práticas horríveis e perversas que, segundo Ravenscroft, deram-lhe a merecida
fama de ser o mais temido feiticeiro do mundo. Finalmente, o homem que o
Imperador Luiz II queria fazer Arcebispo de Cápua, depois de elevá-la à
condição de cidade metropolitana, foi excomungado em 875, quando sua aliança
com o Islam foi descoberta.
Ravenscroft
informa logo a seguir que, a seu ver, ninguém conseguiu exceder Wagner em
inspiração, quando este coloca, na sua ópera, a figura de Klingsor ( ou seja,
Landulf) como um mago a serviço do Anticristo.
Aliás,
muitas são as referências ao Anticristo no livro do autor inglês, em conexão
com a trágica figura de Adolf Hitler. Ainda veremos isto.
Guiado
pela sua intuição, Wagner tranpôs para o terreno da arte, na sua genial
ópera, o objetivo de Klingsor e seus adeptos, que era "cegar as almas por
meio da perversão sexual e privá-las da visão espiritual, a fim de que não
pudessem ser guiadas pelas hierarquias celestiais". Essa atividade maligna
Landulf desenvolveu em seu tempo e suas horríveis práticas teriam exercido
"devastadora influência nos líderes seculares da Europa cristã",
conforme Ravenscroft. Mas Hitler acreditava-se também uma reencarnação de
Tibério, um dos mais sinistros dos Césares. É fato sabido hoje que ele tentou
adquirir ao Dr. Axel Munthe, autor de O Livro de San Michele, a ilha deste nome,
que, em tempos idos fora o último reduto de Tibério, que lá
morreu assassinado. O Dr. Munthe se recusou a vender a ilha porque ele próprio
acreditava ter sido Tibério, o que não parece muito congruente com a sua
personalidade. Aliás, as especulações ocultistas (usemos a palavra) dos
líderes nazistas estão cheias de fenômenos psíquicos e de buscas no passado.
Goering dizia, com orgulho, que sempre se encarnou ao lado do Führer.
Ao
tempo de Landulf, ele teria sido o Conde Boese, amigo e confidente do príncipe
feiticeiro, e no século XIII fora Conrad de Marburg, amigo íntimo do bispo
Klingsor, de Wartburg. Goebbels, o ministro da Propaganda nazista, acreditava-se
Ter sido Eckbert de Meran, bispo de Bamberg, no século XIII, que teria
apresentado Klingsor ao rei André da Hungria.2 Se essas encarnações estão
certas ou não, não cabe aqui discutir, mas tais especulações evidenciam o
interesse daqueles homens pelos mistérios e segredos das leis divinas, que
precisavam conhecer para melhor desrespeitar e burlar. Por outro lado, contêm
alguma lógica, quando nos lembramos de certos aspectos que a muitos passam
despercebidos. Muitos espíritos reencarnaram-se com o objetivo de
infiltrarem-se nas hostes daqueles que pretendem combater, seja para destruir,
seja para se apossarem da organização, sempre que esta detenha alguma parcela
substancial de poder. Não seria de admirar-se, pois que um grupo de servidores
das trevas, com apoio das trevas, aqui e além, fosse alçado a postos de
elevada influência entre a hierarquia cristã da época, quando a Igreja
desfrutava de incontestável poder.
O
papado não esteve imune – longe disso - e por várias vezes caiu em mãos de
mal disfarçados emissários de Anticristo. Lembremos outro pequeno e quase
imperceptível pormenor. Recorda-se o leitor daquela observação veiculada por
um benfeitor espiritual que relatou haver sido traçada, no mundo das trevas, a
estratégia do sexo desvairado, a fim de desviar os humanos dos caminhos retos
da evolução? Sexo transviado e magia negra são aliados constantes,
ingredientes do mesmo caldo escuro, onde se cultivam as paixões mais torpes.
Quantos não se perderam por ai...
1
Hitler era austríaco. Nasceu em 20 de abril de 1889, na
encantadora vila de Braunau-am-Inn, onde também
nasceram os famosos médiuns Willy e Rudi Scheider.
2
Segundo apurou Ravenscroft, esse Bispo Klingsor seria o CVonde de Acerra,
também de Cápua, um tipo sinistro, profundamente envolvido
em magia negra e que, como Landulf, séculos antes, reuniu em torno de si um
círculo de adeptos que incluia eminentes personalidades eclesiásticas da
época. Afirma, ainda, o autor que foi nesse grupo que se
concebeu o medonho monstro da Inquisição.
O
Médium do Anticristo II
Alfred Rosemberg, o futuro teórico do nazismo, era então o profeta do
Anticristo e se incumbia de questionar os Espíritos manifestantes. Ravenscroft
afirma que teria sido Rosemberg quem pediu a presença da própria Besta do
apocalipse, que na sua opinião(de Rovenscroft), sem dúvida dominava o corpo e
a alma de Adolf Hitler, através das óbvias faculdades mediúnicas deste. Essa
manifestação do Anticristo em Hitler foi assegurada por mais de uma pessoa,
além do lúcido e tranqüilo Dr. Walter Johannes Stein. Um desses foi outro
estranho caráter, por nome Houston Stewart Chamberlain, um inglês que se
apaixonou pela Alemanha e pela causa nazista. Ravenscroft classifica-o como
genro de Wagner e profeta do mundo pangermânico.
Também
escrevia suas teses anti-racistas em transe, segundo atestou nada menos que o
eminente General Von Moltke, de quem ainda diremos algo importante daqui a pouco
Chamberlain era considerado um digno sucessor do gênio de Friederich Nietzsche
e, segundo o próprio Hitler, em "Mein Kampf", "um dos mais
admiráveis talentos na história do pensamento alemão, uma verdadeira mina de
informações e de idéias". Foi quem expandiu as idéias de Wagner,
desvirtuando-as perigosamente, ao pregar a superioridade da raça ariana.
Segundo
testemunho de Von Moltke, Chamberlain evocou inúmeros vultos desencarnados da
história mundial e confabulou com eles. Que era uma inteligência invulgar,
não resta dúvida. Os poderes das trevas escolheram bem seus emissários.
Enganam-se, também, redondamente, aqueles que consideram Hitler um doido
inconseqüente que tentou, na sua loucura, botar fogo no mundo. A julgar por
todas essas revelações que ora nos chegam ao conhecimento, ele sabia muito bem
o seu papel em todo esse drama. Recebeu uma fatia de poder a troco de certa
missão muito específica. No domínio do mundo, se o tivesse conseguido, ele
continuaria a desfrutar de posição "invejável", como prêmio a um
trabalho "bem feito". Ainda bem que falhou, pois a amostra foi
terrível.
Como
se explicaria, sem esse apoio maciço de espíritos encarnados e desencarnados,
que um jovem pintor sem êxito, pobre, abandonado à sua sorte, rejeitado pela
sociedade, tenha conseguido montar o mais tenebrosos instrumento de opressão
que o mundo já conheceu? Como se explicaria que seu partido tenha emergido de
um pequeno grupo político, falido e obscuro, senão que os Espíritos seus
amigos o indicaram como sendo o primeiro degrau de escada que o levaria ao
poder? Hitler ainda se aprofundaria muito mais nos mistérios da sua missão
tenebrosa.
Precisava
receber instruções mais específicas, e , como sabemos, tudo se arranja para
que assim seja. A hora chegaria, no momento exato, com a pessoa já programada
para ajudá-la. Um desses homens chamou-se Dietrich Eckhart. Sua história á
algo fantástico, mas vale a pena passar ligeiramente sobre ela, a fim de
entendermos seu papel junto a Hitler, que, antes de encontrar-se com Eckhart,
fizera apenas preparativos para o vestibular da magia e do ocultismo. Dietrich
Eckhart era um oficial do exército, de aparência afável e jovial e, ao mesmo
tempo, no dizer de Ravenscroft, "dedicado satanista, o supremo adepto das
artes e dos rituais da magia negra e a figura central de um poderoso e amplo
círculo de ocultistas – O Grupo Thule". Foi um dos setes fundadores do
partido nazista, e, ao morrer, intoxicado por gás de mostarda, em Munich, em
dezembro de 1923, disse, exultante:
·
Sigam Hitler! Ele dançará, mas a música é minha. Iniciei-o na "Doutrina
Secreta", abri seus centros de visão e dei-lhe os recursos para se
comunicar com os Poderes. Não chorem por mim: terei influenciado a História
mais do que qualquer outro alemão.
Suas
palavras não são mero delírio de paranóico. Há muito, nas suas desvairadas
práticas mediúnicas, havia recebido "uma espécie de anunciação
satânica de que estava destinado a preparar o instrumento do Anticristo, o
homem inspirado por Lúcifer para conquistar o mundo e liderar a raça ariana à
glória". Quando Adolf Hitler lhe foi apresentado, ele reconheceu
imediatamente o seu homem, e disse para seus perplexos ouvintes: - Aqui está
aquele de quem eu fui apenas o profeta e o precursor.
Coisas
espantosas se passaram no círculo mais íntimo e secreto do Grupo Thule, numa
série de sessões mediúnicas (Ravenscroft chama-as, indevidamente, de sessões
espíritas...), das quais participavam dois sinistros generais russos e outras
figuras tenebrosas.
A
médium, descoberta por certo Dr. Nemirocitch-Dantchenko, era uma pobre
ignorante camponesa, dotada de variadas faculdades. Expelia pelo órgão genital
enormes quantidades de ectoplasma, do qual se formavam cabeças de entidades
materializadas que, juntamente com outras, incorporadas na médium, transmitiam
instruções ao círculo de "eleitos". Certa manhã de setembro de
1912, Walter Stein e seu jovem amigo Adolf Hitler subiram juntos as escadarias
do museu Hofburg. Em poucos minutos encontravam-se diante da Lança de Longinus,
posta, como sempre, no seu estojo de desbotado veludo vermelho.
Estavam
ambos profundamente emocionados, por motivos diversos, é claro, mas, seja como
for, o disparador daquelas emoções era a misteriosa lança. Dentro em pouco,
Hitler parecia Ter passado a um estado de transe, "um homem – segundo
Ravenscroft – sobre o qual algum espantoso encantamento mágico havia sido
atirado" . Tinha as faces vermelhas e seus olhos brilhavam estranhamente.
Seu corpo oscilava, enquanto ele parecia tomado de inexplicável euforia.
·
Toda a sua fisionomia e postura – escreve Rovenscroft, que ouviu a narrativa
do próprio Stein – pareciam transformadas, como se algum poderoso Espírito
habitasse agora a sua alma, criando dentro dele e à sua volta uma espécie de
transfiguração maligna de sua própria natureza e poder.
Walter
Stein pensou com seus botões: Estaria ele presenciando uma incorporação do
Anticristo? É difícil responder, mas é certo que terrífica presença
espiritual ali estava mais do que evidente. Inúmeras outras vezes, em todo o
decorrer de sua agitada existência, testemunhas insuspeitas e desprevenidas
haveriam de notar fenômenos semelhantes de incorporação, especialmente quando
Hitler pronunciava discursos importantes ou tomava decisões mais relevantes.
Ao
narrar o fenômeno a Ravenscroft, 35 anos depois, o Dr. Stein diria que:
-...Naquele instante em que pela primeira vez nos postamos juntos, de pé, ante
a Lança de Longinus, pareceu-me que Hitler estava em transe tão profundo que
passava por uma privação quase completa de seus sentidos e um total eclipse de
sua consciência. Hitler sabia muito bem da sua condição de instrumento de
poderes invisíveis. Numa entrevista à imprensa, documentou claramente esse
pensamento, ao dizer:
·
Movimento-me como um sonâmbulo, tal como me ordena a Providência.
Havia
nele súbitas e tempestuosas mudanças de atitude. De uma placidez fria e
meditativa, explodia, de repente, em cólera, pronunciando, alucinadamente, uma
torrente de palavras, com emoção e impacto, especialmente quando a conversa
enveredava pelos temas políticos e raciais. Stein presenciou cenas assim no
velho café em que costumava encontrar-se com seu amigo, em Viena, ali por volta
de 1912/1913.
Passada
a explosão, Hitler recolhia-se novamente ao seu canto, como se nada tivesse
ocorrido. Naqueles estados de exaltação, transformava-se o seu modo de falar e
sua palavra alcançava as culminâncias da eloqüência e da convicção. Era
como se um poder magnético a elas se acrescentasse, de tal forma que ele
facilmente dominava seus ouvintes. Seus próprios companheiros notariam isso
mais tarde, em várias oportunidades.
·
Ao se ouvir Hitler – escreveu Gregor Strasser, um ex-nazista – tem-se a
visão de alguém capaz de liderar a humanidade à glória. Uma luz aparece numa
janela escura. Um homem com um bigode cômico transforma-se em arcanjo. De
repente, o arcanjo se desprende e lá está Hitler sentado, banhado em suor, com
os olhos vidrados.
Tudo
fora muito cuidadosamente planejado e executado, inclusive com os sinais
identificadores, para que ninguém tivesse dúvidas. Nas trágicas sessões
mediúnicas do Grupo Thule, fora anunciado que o Anticristo se manifestaria
depois que seu instrumento passasse por uma ligeira crise de cegueira. Isto se
daria ali por volta de 1921, e seu médium teria, então, 33 anos.
Aos
33 anos de idade, em 1921, depois de recuperado de uma cegueira temporária,
Hitler assumiu a incontestável liderança do Partido Nacional Socialista, que o
levaria ao poder supremo na Alemanha, e, quase, no mundo. De tanto investigar os
mistérios e segredos da história universal, em conexão com os poderes
invisíveis, Hitler se convenceu de realidades que escapam à maioria dos seres
humanos. A história é realmente o reflexo de uma disputa entre a sombra e a
luz, representadas, respectivamente, pelos Espíritos que desejam o poder a
qualquer preço e por aqueles que querem implantar na Terra o reino de Deus, que
anunciou o Cristo.
Hitler
sabia, por exemplo, que os Espíritos trabalham em grupos, segundo o seus
interesses e por isso se reencarnam também em grupos, enquanto seus
companheiros permanecem no mundo espiritual – na sombra ou na luz, conforme
seus propósitos – apoiando-se mutuamente. Não é à toa que Göering e
Goebbels, como vimos, reconheciam-se como velhos companheiros de Hitler. Este,
por sua vez, estava convencido de que um grupo enorme de Espíritos, que se
encarnara no século IX, voltara a encarna-se no século XX. O notável
episódio ocorrido com o eminente General Von Moltke parece confirmar essa
idéia.
Vamos
recordá-lo, segundo o relato de Ravenscroft.
Foi
ainda na Primeira Guerra Mundial. No imenso e trágico tabuleiro de xadrez em
que se transformara a Europa, havia um plano militar secreto, sob o nome de
Plano Schlieffen, que previa a invasão da França através da Bélgica, antes
que a Russia estivesse em condições de entrar em ação. Helmuth Von Moltke
era Chefe do Estado-Maior do Exército Alemão, sob o Kaiser. Coube-lhe a
responsabilidade de introduzir alguns aperfeiçoamentos no plano e aguardar o
momento de pô-lo em ação, se e quando necessário.
O
momento chegou em junho de 1914. Jogava-se a sorte da Europa. Von Moltke passou
a noite em claro, na sede do Alto Comando, tomando as providências de última
hora para que o plano entrasse em ação imediatamente. Estudava mapas, expedia
ordens, conferenciava com seus oficiais. O destino de sua pátria estava em suas
mãos e ele sabia disso. No auge da atividade, o eminente General perdeu os
sentidos sobre a mesa de trabalho. Parecia Ter tido um enfarte.
Chamaram
um médico, enquanto seus camaradas, muito apreensivos depositavam o seu corpo
no sofá. Nenhuma doença foi diagnosticada. Na verdade, Von Moltke estava em
transe.
Sua
metódica e brilhante inteligência não previra a interferência da mão do
destino, como diz Ravenscroft. Ou seria a mão de Deus? Julgou-se, a princípio,
que o poderoso General estivesse morrendo. Mal se percebia sua respiração e o
coração apenas batia o necessário para manter a vida; olhos abertos vagavam,
apagados, de um lado para outro.
O
eminente General Helmuth Von Moltke estava experimentando uma crise espontânea
de regressão de memória, durante a qual em vívidas imagens que se desdobravam
diante de seus olhos espirituais, ele se viu como um dos Papas do século IX,
Nicolau I, o Grande, que a Igreja canonizou. Há estranhas
"coincidências" aqui. Segundo os historiadores, Nicolau ascendeu ao
trono papal mais por influência do Imperador Luis II do que pela vontade do
clero. Lembra-se o leitor de que Luiz II foi o mesmo que protegeu o incrível
Landulf, príncipe de Cápua? E que Landuf, um milênio depois, seria Adolf
Hitler? Nicolau foi um papa enérgico e brilhante.
Governou
somente nove anos incompletos, de 858 a 867, mas teve de tomar decisões
momentosas e que exerceram profunda influência na História. Foi no seu tempo
que se definiu mais nitidamente a tendência separatista entre as igrejas do
ocidente e a do oriente. Foi ele quem elevou a novas culminâncias a doutrina da
plenitude do poder papal. Segundo seu pensamento, o imperador era apenas um
delegado, incumbido do poder civil. Enquanto essas vivências desfilavam diante
de seus olhos, Von Moltke, ainda estendido no sofá, vivia a curiosa
experiência de estar situado entre duas vidas; separadas por mil anos.
Em
torno dele, entre as ansiosas figuras de seus generais, ele identificava alguns
de seus antigos cardeais e bispos. Uma das personalidades que ele também
identificou naquele desdobramento foi a de seu tio, o ilustre Marechal- de-
Campo, também chamado Helmuth Von Moltke, o maior estrategista de sua época e
que lutou na guerra de 1870. Fora também uma das poderosas figuras medievais, o
Papa Leão IV, o chamado pontífice-soldado, que organizou a defesa de Roma e
comandou seus próprios exércitos. Outra figura identificada foi o General Von
Schlieffen, autor do famoso plano Schlieffen, que também experimentara as
culminâncias do poder papal, sob o nome de Bento II.
Ao
despertar de sua singular experiência com o tempo, o General Von Moltke estava
abalado até às raízes de seu ser. Caberia a ele, um ex-Papa, deslanchar todo
aquele plano de destruição e matança? Se não o fizesse, o que aconteceria à
sua então pátria? Diz Ravenscroft que, após se reformas, Von Moltke escreveu
minucioso relato daquela experiência notável. Também ele se deixou envolver
pelo misterioso fascínio da Lança de Longinus, que certa vez visitou em
companhia de outro General, seu amigo; e, segundo o escritor inglês, conseguiu
apreender o verdadeiro sentido e importância daquela peça, "como um
poderoso símbolo apocalíptico".
Acreditava
ele que se deveram à sua própria atitude negativa, como Nicolau I, em
relação ao intercâmbio com o mundo espiritual, os trágicos desenganos que se
sucederam na História subseqüente, a começar pela separação da cristandade
em duas e o progressivo abandono da realidade espiritual em favor das doutrinas
materialistas, que "virtualmente aprisionaram a criatura no mundo
fenomênico da medida, do número, do peso, tornando a própria existência da
alma humana objeto de dúvida e debate" (Ravenscroft). Por isso tudo, ao se
erguer do sofá, Von Moltke era outra criatura.
Como
explicar tudo aquilo aos seus companheiros? Que decisões tomar agora, na
perspectiva do tempo e dos lamentáveis enganos que havia cometido no passado,
em prejuízo do curso da História? Parece, no entanto, que não dispunha de
alternativa. Como Longinus, tinha de praticar um ato de aparente violência,
para contornar uma crueldade maior. Tudo continuou como fora planejado, mas o
Chefe do Estado-Maior não continuou como fora. Aliás, ao ser elevado àquela
posição pela sua inesgotável e indiscutível capacidade profissional, houve
dúvidas, em virtude do seu temperamento meditativo e tranqüilo.
Seria
realmente um bom General no momento de crise que exigisse decisões drásticas?
Era o que se perguntavam seus adversários, mesmo reconhecendo sua enorme
autoridade técnica. Ao se retirar do comando, diz Ravenscroft que ele era um
homem arrasado, porque mais do que nunca estava consciente da tragédia de viver
num mundo em que a violência e a matança pareciam ser os únicos instrumentos
capazes de "despertar a humanidade para as realidades espirituais".
Após
a sua desencarnação, em 1916, com 68 anos de idade, Von Moltke passou a
transmitir uma série de comunicações através da mediunidade de sua esposa
Eliza Von Moltke. Ah! que documento notável deve ser esse! Foi numa dessas
mensagens que o Espírito do antigo Chefe do Estado-Maior informou que o Führer
do Terceiro Reich seria Adolf Hitler, àquela época um obscuro e agitado
político, aparentemente sem futuro. Foi também ele que, em Espírito,
confirmou a antiga encarnação de Hitler como Landulf de Cápua, o terrível
mágico medieval que vinha agora repetir, nos círculos mais fechados do
Partido, os rituais de magia negra, cujo conhecimento trazia nos escaninhos da
memória integral.
Faltavam
ainda algumas peças importantes para consolidar as conquistas do jovem Hitler,
mas todas elas apareceriam no seu devido tempo e executariam as tarefas para as
quais haviam sido rigorosamente programadas nos tenebrosos domínios do mundo
espiritual inferior. O General Eric Ludendorff seria uma delas. Von Moltke
identificou-o com outro papa medieval, que governou sob o nome de João VIII,
que Ravenscroft classifica como "o pontífice de mais negra memória que se
conhece em toda a história da Igreja Romana, que, como amigo de Landulf de
Cápua, ajudou-o nas suas conspirações no século IX". Novamente, sob as
vestes de Eric Ludendorff, o antigo Papa daria a mão para alçar Landulf (agora
Adolf) ao poder.
Outro
elemento importante, nessa longa e profunda reiniciação de Hitler, foi Karl
Haushofer, que, no dizer de Ravenscroft, "não apenas sentiu o hálito da
Besta Apocalíptica 3 no controle do ex-cabo demente, mas também buscou,
conscientemente e com maligna intenção, ensinar a Hitler como desatrelar seus
poderes contra a humanidade, na tentativa de conquistar o mundo". É um
tipo estranho e mefistofélico esse Haushofer, mas, se fôssemos aqui estudar
todo o elenco de extravagantes personalidades que cercaram Hitler, seria preciso
escrever outro livro. Diz, porém, Ravenscroft que foi Haushofer quem despertou
em Hitler a consciência para o fato de que operavam nele as motivações da
" Principalidade Luciferina", a fim de que "ele pudesse torna-se
veículo consciente da intenção maligna no século vinte". (destaque do
autor).
Vejamos
mais um episódio.
Em
1920, era tão patente, através da Alemanha, essa expectativa messiânica, que
foi lançado na Universidade de Munich um concurso de ensaios sobre o tema
seguinte: "Como deve ser o homem que liderará a Alemanha de volta às
culminâncias de sua glória?" O vultoso prêmio em dinheiro foi oferecido
por um milionário alemão residente no Brasil (não identificado por
Ravenscroft) e quem o ganhou foi um jovem chamado Rudolf Hess que, em tempos
futuros, seria o segundo homem da hierarquia nazista! Sua concepção desse
messias político guarda notáveis similitudes com a figura do Anticristo
descrita nos famosos (e falsos) "Protocolos do Sião", segundo
Ravenscroft. Consta que Hitler considerava Rudolf Steiner, o místico, vidente e
pensador austríaco como seu arquiinimigo. Segundo informa Ravenscroft, Steiner,
em desdobramento espiritual, penetrava, conscientemente, os mais secretos e
desvairados encontros, onde se praticavam rituais atrozes para conjurar os
poderes que sustentavam a negra falange empenhada no domínio do mundo. Que
andaram muito perto dessa meta, não resta dúvida.
Conheciam
muito bem a técnica do assalto ao poder sobre o homem, através do próprio
homem. Hugh Trevor-Roper, no seu livro "The Last Days of Adolf
Hitler", transcreve uma frase do Führer, que diz o seguinte: Não vim ao
mundo para tornar melhor o homem, mas para utilizar-me de suas fraquezas. Estava
determinado a cumprir sua missão a qualquer preço. - Jamais capitularemos –
disse, certa vez, repetindo o mesmo pensamento de sempre. – Não. Nunca.
Poderemos ser destruídos, mas, se o formos, arrastaremos o mundo conosco – um
mundo em chamas. Muito bem. É tempo de concluir. Por exemplo, o que aconteceu
com a Lança de Longinus? Continua no Museu de Hofburg, em Viena, para onde foi
reconduzida após novas aventuras.
Primeiro,
Hitler tomou posse dela, ao invadir a Austria, em 1938 e lançou-a para a
Alemanha, cercada de tremendas medidas de segurança. Lá ficou ela em
exposição, guardada dia e noite, pelos mais fiéis nazistas. Quando a
situação da guerra começou a degenerar para o lado alemão, construiu-se
secretíssima e inviolável fortaleza subterrânea para guardá-la. Apenas meia
dúzia de elevadas autoridades do governo sabiam do plano. Uma porta falsa de
garagem disfarçava a entrada desse vasto e sofisticado cofre-forte, em
Nüremberg, que o Führer ordenou fosse defendido até à última gota de
sangue. Quando se tornou evidente que o Terceiro Reich se desmoronava de fato,
ante o avanço implacável das tropas aliadas, Himmler achou que a Lança de
Longinus precisava de um abrigo alternativo.
Uma
série de providências foi propaganda, com uma remoção fictícia, para um
ponto não identificado da Alemanha; e outra, verdadeira, sob o véu do mais
fechado segredo, para um novo esconderijo, onde o talismã do poder ficaria a
salvo dos inimigos do nazismo. Por uma dessas misteriosas razões, no entanto,
um dos cinco ou seis oficiais nazistas que sabiam do segredo, ao fazer a lista
das peças que deveriam ser removidas, mencionou a Lança de Mauritius, aliás,
o nome oficial da peça.
Acontece
que, entre as peças históricas do Reich, havia uma relíquia de nome parecido,
ou seja, "A Espada de Mauritius", e esta foi a peça transportada, e
não a Lança de Longinus.
Na
Confusão que se seguiu, ninguém mais deu pelo engano, e o oficial que o
cometeu, um certo Willi Liebel, suicidou-se pouco antes do colapso total do
Reich. A essa altura, Nüremberg não era mais que um monte de ruínas e, por
outro estranho jogo de "coincidências", um soldado americano.
Perambulando pelas ruínas, descobriu um túnel que ia dar em duas portas
enormes de aço com um mecanismo de segredo tão imponente como o das
casas-fortes dos grandes bancos mundiais. Alguma coisa importante deveria
encontrar-se atrás daquelas portas.
E
assim, às 14h10m do dia 30 de abril de 1947, a legítima Lança de Longinus
passou às mãos do exército americano. Naquele mesmo dia, como se em
cumprimento de misterioso desígnio, Hitler suicidou-se nos subterrâneos da
Chancelaria, em Berlim.
Como
ficou dito atrás, a Lança de Longinus encontra-se novamente no Museu Hofburg,
em Viena. Estará à espera de alguém que venha novamente disputar a sua posse
para dominar o mundo? Vejamos, para encerrar, algumas considerações de ordem
doutrinária.
Haverá
mesmo algum poder mágico ligado aos chamados talismãs? Questionados por Allan
Kardec ( perguntas 551 a 557), os Espíritos trataram sumariamente da questão,
ensinando, porém, que "Não há palavra sacramental nenhuma, nenhum sinal
cabalístico, nem talismã, que tenha qualquer ação sobre os Espíritos,
porquanto estes só são atraídos pelo pensamento e não pelas coisas
materiais".
Continuando,
porém, a linha do seu pensamento, Kardec insistiu, com a pergunta 554,
formulada da seguinte maneira:
·
Não pode aquele que, com ou sem razão, confia no que chama a virtude de um
talismã, atrair um Espírito, por efeito mesmo dessa confiança, visto que,
então, o que atua é o pensamento, não passando o talismã de um sinal que
apenas lhe auxilia a concentração?
·
É verdade - respondem os Espíritos – mas da pureza da intenção e da
elevação dos sentimentos depende a natureza do espírito que é atraído.
Os
destaques são meus e a resposta à pergunta 554 prossegue, abordando outros
aspectos que não vêm ao caso tratar aqui. Nota-se, porém, que os espíritos
confirmaram que os chamados talismãs servem de condensadores de energia e
vontade, e podem, portanto, servir de suporte ao pensamento daquele que deseja
atrair companheiros desencarnados para ajudá-lo na realização de seus
interesses pessoais.
Disseram
mais: que os Espíritos atraídos estarão em sintonia moral com aqueles que os
buscam, ou seja, se as intenções e os sentimentos forem bons, poderão acudir
Espíritos bondosos; se, ao contrário, as intenções forem malignas, virão os
Espíritos inferiores.
Por
toda parte, no livro de Trevor Ravenscroft, há referências repetidas de que
duas ordens de Espíritos estão ligadas à mística da Lança de Longinus: os
da luz e os das trevas, segundo as intenções de quem os evoca. Além disso, é
preciso lembrar que os objetos materiais guardam, por milênio a fora, certas
propriedades magnéticas, que preservam a sua história.
Essas
propriedades estão hoje cientificamente estudadas e classificadas como
fenômenos de psicometria, tão bem observados, entre outros, por Ernesto
Bozzano.
Médiuns
psicômetras, em contato com objetos, conseguem rever, às vezes com notável
nitidez, cenas que se desenrolaram em torno da peça de ferro deve estar
altamente magnetizada pelos acontecimentos de que foi testemunha, desde que foi
forjada alhures nos tempos bíblicos, passando pelo momento do Calvário, diante
do Manso Rabi agonizante, até que Hitler a perdeu em abril de 1945. Seja como
for, a peça reúne em torno de si uma longa e trágica história, tão
fascinante que tem incendiado, através dos séculos, a imaginação de muitos
homens poderosos e desatado muitas paixões nefandas.
E,
como explicaria os Espíritos a Kardec, não é a Lança por si mesma que move
os acontecimentos, é o pensamento dos homens que se concentram nela e querem a
todo preço fazer valer o poder que se lhe atribui. Nisso, ela é realmente um
talismã. Ainda uma palavra antes de encerrar. É certo que Hitler foi médium
dedicado e desassombrado de tremendos poderes das trevas. Esses irmãos
desarvorados, que se demoram, por milênios sem conta, em caliginosas regiões
do mundo espiritual, por certo não desistiram da aspiração de conquistar o
mundo e expulsar a luz para sempre, se possível.
Tudo
farão para obter esse galardão com o qual sempre sonharam, muito embora a nós
outros não nos assista o direito de duvidar de que lado ficará a vitória
final. Nesse ínterim, porém valer-se-ão de todos os meios, de todos os
processos, para alcançarem seus fins. É claro, também, que não se empenham
apenas no setor político-militar, por exemplo como Hitler, mas, também
procuram conquistar organizações sociais e religiosas que representem núcleos
de poder.
É
evidente a obra maligna e hábil que se realizou com a Igreja, infiltrando-a em
várias oportunidades e em vários pontos geográficos, mas sempre nos altos
escalões hierárquicos, de onde melhor podem influenciar os acontecimentos e a
própria teologia. O movimento espírita precisa estar atento a essas
investidas, pois é muito apurada a técnica da infiltração. O lobo adere ao
rebanho sob a pele do manso cordeiro; ele não pode dizer que vem destruir, nem
pode apresentar-se como inimigo; tem de aparecer com um sorriso sedutor, de
amizade e modéstia, uma atitude de desinteresse e dedicação, um desejo de
servir fraternalmente, sem condições e, inicialmente, sem disputar posições.
Muitas
vezes, esses emissários das sombras nem sabem, conscientemente, que estão
servindo de instrumentos aos amigos da retaguarda. A sugestão pós-hipnótica
foi muito bem aplicada por Espíritos altamente treinados na técnica da
manipulação da mente alheia. É a utilização da fraqueza humana de que
falava Hitler.
A
estratégia é brilhantíssima e extremamente sutil, como, por exemplo, a da
"atualização" e da "revisão" das obras básicas da
Codificação, a da criação de movimentos paralelos, o envolvimento de figuras
mais destacadas no movimento em ardilosos processos de aparência inocente ou
inócua. Estejamos atentos, porque os tempos são chegados e virão, fatalmente,
vigorosas investidas, antes que chegue a hora final, numa tentativa última,
desesperada, para a qual valerá tudo. Muita atenção. Quem suspeitaria de
Adolf Hitler, quando ele compareceu, pela primeira
vez, a uma reunião de meia dúzia de modestos dirigentes do Partido dos
Trabalhadores?