Drogas e Miastenia Gravis. Drogas e Porfirias. Síndrome Neuroléptica Maligna e Hipertermia Maligna
As miopatias tóxicas podem, ainda, serem classificados em grupos variados
relacionados com o agente causador e mecanismo de ação. Destacam-se:
1) Miopatia por corticosteróides: fraqueza de início insidiosa afetando a musculatura proximal (quadríceps e cintura pélvica). A CK sérica e aldolase são normais ou elevadas e a eletromiografia mostra achados miopáticos (potenciais polifásicos de baixa amplitude e curta duração) sem presença de sinais de atividade espontânea em geral. São mais comuns com o uso de esteróides fluorados que agem inibindo a transcrição do mRNA e a síntese de proteínas musculares, além de aumentar a degradação das proteínas. São reversíveis com a suspensão da droga.
2) Miopatia por drogas redutoras de colesterol (estatinas e fibratos): causam miotoxicidade por inibir a ação da enzima chave na produção do colesterol, a 3-hidroxi-3- metilglutaril coenzima A (HMG-CoA) redutase. Pode causar elevação assintomática da CK sérica, cãibras, mialgia, rabdomiólise aguda e até miopatia inflamatória em alguns casos. Os sintomas podem cessar rapidamente após a retirada da droga ou persistir por semanas e até meses.
3) Miopatia alcoólica. A ingestão excessiva de álcool pode resultar em miopatia necrotizante aguda caracterizada por início rápido mialgia, cãibras, edema e fraqueza muscular generalizada ou focal. O alcoolismo crônico também pode induzir miopatia hipocalêmica, especialmente se associada com hipomagnesemia. A força melhora com reposição de potássio e magnésio e supressão do consumo de álcool.
Podem ser classificada ainda como: